sexta-feira, 7 de junho de 2013

CURSOS E LAZER


Vivencias de Marcenaria e Tecelagem

                As aulas podem ser proporcionadas conforme o seu conhecimento, tanto na tecelagem quanto na marcenaria. O curso pode ser básico, para uma pessoa com nenhum conhecimento na área ou partir da capacidade e experiência que já tenha sido adquirida anteriormente.

Nas aulas de marcenaria, trabalharemos principalmente com as ferramentas manuais, buscando habilidades e técnicas antigas, tradicionais, que antecedem a época industrial, mas que adquiriram novamente uma grande importância em nossa época e que criam a base para a lida com a marcenaria moderna. Além da prática, uma parte teórica, necessária para adquirir autonomia no trabalho. Veja também descrição de possíveis conteúdos no blog behapp.blogspot.com nas páginas Workshops e Fotos, para ter uma ideia do que poderia ser oferecido. Porém, pode ser muito, além disto,  também tudo depende da sua necessidade e imaginação.

Horário e duração também podem ser combinados individualmente. É possível trabalhar diariamente 3 ou 4 horas e aproveitar o resto do dia para passear. Ou você pode combinar alguns dias integrais ( das 9:00 h às 17:00 h com uma hora de almoço, no caso da marcenaria) e prolongar um pouco a estadia para conhecer esta linda região que é a Serra da Mantiqueira (veja artigos sobre a região no blog rppnmorrodoelefante.blogspot.com.

Em relação hospedagem podemos oferecer chalé para no máximo 3 pessoas, na RPPN Morro do Elefante, tendo opção  de alimentação orgânica no local ou o participante pode organizar lanches no próprio chalé. 

Veja no blog rppnmorrodoelefante.blogspot.com o artigo sobre o turismo ecológico. Na localidade de Santo Antônio do Rio Grande existem outras opções de pousadas, com ou sem alimentação.

Nas aulas de tecelagem podemos começar do básico, para quem nunca teceu ou temas específicos, como tapetes, tecidos planos, tecidos diagonais, jakar e tapeçarias. Um tear e material ficará disponível para o aluno enquanto ele estiver fazendo o curso. O ideal seria no mínimo 5 aulas de 3 horas cada aula, para aprendizagem da técnica, sobrando tempo assim para que o aluno possa descansar e também praticar os pontos aprendidos e tenha duvidas para a aula do dia seguinte. Para essa carga horária fica previsto a aprendizagem da técnica com a confecção de um tecido de amostra de pontos e o desenvolvimento de uma peça de tecelagem com a técnica escolhida (tapete, cachecol, jogo americano).

Entre em contato conosco para detalhes:


segunda-feira, 22 de abril de 2013

ATITUDE MORRO DO ELEFANTE


 

 

             No ano de 2012, sensibilizadas pela situação das Araucárias, lindas e  generosas, resolvemos fazer coleta de pinhões em diferentes áreas da Mantiqueira para fazer mudas dessa majestosa árvore, ícone de nossa região. Foram coletados pelo menos 20 dezenas de sementes, que foram selecionadas e posteriormente plantadas. De todas as sementes plantadas nasceram 60 mudas.
 
 
 

               A Araucária é uma árvore que consta como ameaçada de extinção em todas as listas de árvores em perigo, no caso da Araucária não se trata apenas de proibir o corte é preciso plantar, pois nos poucos fragmentos que ainda existem morrem mais indivíduos do que nascem.
 
 

            Hoje um ano depois essas pequeninas mudas estão no ponto de serem plantadas,  ai tivemos uma ideia e queremos compartilhar com você.
 



 

 

            Nós plantamos uma Araucária em seu nome dentro dos limites do Sítio Morro do Elefante, cuidamos dela para você.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você leva um avental com nossa logomarca e neutraliza parte do carbono que você produz, colabora para que uma importante árvore Brasileira saia da lista de árvores ameaçadas de extinção. E daqui alguns anos você colherá  pinhões no lindo inverno da Serra da Mantiqueira.
 
 
 
             E de quebra todos os recursos arrecadados nessa campanha serão revertidos para a RPPN Morro do Elefante, nosso atual objetivo hoje é efetuar a compra de  armadilhas fotograficas, para monitorar os animais que circulam pela reserva e também os caçadores, numa tentativa de coibir e tentar mudar esse habito da caça nesta região. 
            PELO FIM DAS CAÇADAS  DE ANIMAIS SILVESTRES NA MANTIQUEIRA.
           Participe, entre em contato através do e.mail. 
               morrodoelefante12@yahoo.com.br
 
          Agende uma visita.

 Atualização: Hoje 10/09/2013, já plantamos 18 mudas de Araucaria angustifolia, Pinheiro Brasileiro, e apesar de não termos arrecadado o dinheiro suficiente para compra da TRAP - Armadilha fotografica, nós já realizamos a compra e a Trap já esta instalada na RPPN, porém as únicas fotos registradas foram de cachorros caçadores que transitam pela propriedade livremente, pois os donos desses cachorros os liberam sistematicamente para que eles faregem ondem possivelmente os animais silvestres se localizam.
Continuamos na luta: PELO FIM DAS CAÇACADAS DE ANIMAIS SILVESTRES NA MANTIQUEIRA.

 

 

 

 

terça-feira, 26 de março de 2013

A importância de preservar


Hotspots são áreas no planeta de elevada biodiversidade que tiveram mais de 70% de sua vegetação original destruída. Existem 25 pontos do planeta considerados hotspots e a Serra da Mantiqueira é um deles, a RPPN Morro do Elefante esta no coração desse hotspot, a menos de 1 km da nascente do Rio Grande.  Os Hotspots representam apenas 1,4% da superfície do planeta, mas contém 60% da diversidade de espécies terrestres e são, portanto, prioritários para a conservação.
As imagens falam por si.....
                               Fotografia tirada  do Morro do Elefante em 1987.
 
As imagens abaixo foram tiradas nos ultimos 12 anos.















               Imagem em Fevereiro de 2013, um ano após o reconhecimento da Reserva.

                              

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CAÇADAS NA MANTIQUEIRA


Mira Antunes Diniz


“As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.”
C. Buarque 


Aconteceu comigo: Nas férias resolvi passar o mês de janeiro na casa de amigas em Bocaina de Minas, elas moram em um sítio a cerca de 30 Km da cidade. O sítio é uma RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural – e em toda a área da reserva é proibido qualquer tipo de exploração da natureza, incluindo a caça e pesca. Basicamente deixa-se a natureza crescer zelando para que isso aconteça. Pois bem, numa manhã de domingo acordamos com caçadores dentro da terra, bem perto da casa. Ouvíamos os cachorros dos caçadores perseguindo algum animal, que poderia ser um jacu, pássaro em extinção; um veado; uma paca com filhotes; um tatu bola, também considerado animal em extinção, enfim, um animal que deveria estar protegido pela reserva. Ficamos com vontade de encontrar o dito cujo e lhe dizer poucas e boas, vestimos nossas botas e subimos o morro seguindo o barulho dos cachorros, não encontramos ninguém, mas gritamos avisando que chamaríamos a policia florestal e que era para eles voltarem para suas casas.


 A maioria dos caçadores perseguem os animais e entregam a caça para que os cães da raça perdigueiros estraçalhem o animal, estilo medieval cada cachorro puxa de um lado. Moral da história: caçadores entram em terras alheias, caçam por puro esporte e crueldade, e por fim, deixam o animal morto para os cachorros comerem.


Muitas pessoas que eu conheço passam por situações semelhantes, então pensei e em escrever um texto a respeito da caça. Quem deveria ler, provavelmente não vai, mas pelo menos fica registrada a tristeza com que muitas pessoas olham para as caçadas, que hoje em dia devem ser encaradas como atos de crueldade e egoísmo. Houve sim um tempo da história da humanidade em que a caça e a pesca eram atividades essenciais ao homem e muito mais, eram atividades necessárias à sobrevivência da espécie. E é nesse ponto que quero começar.




A HISTÓRIA DA CAÇA 


A prática da caça remete aos primórdios do desenvolvimento da humanidade. Caçar era um meio de obter alimentos para a subsistência e também o couro era utilizado no vestuário, na verdade quase nada era jogado fora, uma vez que o homem ainda não tinha desenvolvido a pecuária e vivia de coleta extrativista e caça. Já no período neolítico começam a ser encontrados vestígios de instrumentos utilizados na caça, como pontas de lanças e flechas de pedra lascada, pequenas facas de osso e até mesmo agulhas de espinhas de animais que eram usadas para costurar os couros que serviam como roupas e sapatos. Com o passar do tempo os instrumentos foram se aperfeiçoando; a roda e o fogo foram descobertos, assim como os metais, o que permite que armas, que eram utilizadas para caçar, fossem fabricadas de bronze e depois de ferro.


Com o desenvolvimento dos instrumentos e o passar do tempo, o significado da caça passa a ser outro, não só subsistência, mas uma forma de iniciar os jovens e demonstrar força e liderança perante o grupo. Nas sociedades indígenas, por exemplo, a bravura era reconhecida naquele que caçasse o maior e mais feroz animal.


Outro aspecto que merece ser lembrado é que para os povos antigos, a caça não era vista como esporte ou prazer, a vida animal estava profundamente ligada a existência da humanidade e por isso a visão que homens e mulheres tinham dos animais e da própria natureza era de reverência e respeito. Tanto que a teoria mais aceita sobre o porquê dos desenhos rupestres é que eram os caçadores que os desenhavam, assim poderiam dominar o animal através de um sentido mágico e espiritual.


Talvez umas das primeiras manifestações em que a caça é vista como esporte e como uma espécie de lazer é na Roma Antiga, nos espetáculos que ocorriam no Coliseu, chamados de venatio. Animais selvagens trazidos da África, em especial felinos como leões, leopardos e panteras; e ainda rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram utilizados. Tal como as representações de batalhas famosas, cenários elaborados eram montados com árvores e edifícios.




A CAÇA HOJE 


Com um grande salto podemos dizer que com o passar do tempo caçar foi se tornando cada vez menos uma necessidade de sobrevivência, que atendia à humanidade no inicio do desenvolvimento, social, cultural e espiritual, para se tornar um esporte. Foi na França que nasceu o primeiro clube de caça, pessoas que se reuniam periodicamente para caçar. Os clubes de caça foram se tornando populares e se espalharam pelo mundo.


Atualmente muitos países possuem leis regulamentadoras, sobre a época, lugares e quais animais podem ser caçados, o que não impede que muitas pessoas pratiquem a caça ilegal, em áreas proibidas e em épocas de reprodução das espécies.  


Caçar, diriam alguns, remete a um instinto primitivo do homem, mas como falar em instinto? É claro que em algum momento da humanidade a caça foi necessária para a sobrevivência, mas, desde que os animais foram domesticados e iniciou-se a atividade da pecuária e agricultura e estas se desenvolveram, é difícil conceber a necessidade de caçar. Os seres humanos não estão mais no nível do instinto, desde que o trabalho existe e que a humanidade pode modificar a natureza, criar valor e com o excesso de seu trabalho fazer vendas e trocas, não é mais possível dizer que o homem age por instinto e sim por influências sociais criadas a partir de uma noção de civilidade que foi possível com o trabalho e com o desenvolvimento espiritual da humanidade.


 Há, também, quem diga que essa é uma questão de foro íntimo, que é um esporte, que gera prazer. Porém, olhando com um olhar amoroso se diria um prazer sádico, como o sofrimento de outro ser vivo pode ser prazeroso? Como matar um veado com um filhote, deixando o filhote morrer porque ainda precisa da ajuda da mãe pode gerar prazer? Ou uma paca, ou um lobo-guará animal ameaçado de extinção devido à caça, ou um jacu mesmo caso, ou um jacaré para fazer sapato, ou uma onça pintada para fazer casacos de pele luxuosos, ou uma baleia... Uma lista interminável poderia ser colocada aqui.


Caçar por esporte é uma completa falta de empatia e respeito a outras formas de vida no planeta terra. Homens e mulheres, cada vez mais, precisam ter consciência e adquirir consciência sobre o respeito que se deve a natureza, somos parte dela, sua destruição é intrinsecamente a destruição do ser humano.


Em casos de necessidade, de sobrevivência, caçar poderia ser permitido, mas uma caça que é feita tão por esporte que o animal morto e jogado aos cachorros para que eles o destrocem? Esse tipo de caça não cabe nos dias atuais, e mais do que isso, não pode ser admitida. Por fim fica a citação de Albert Schweitzer: “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes”.






Lista de alguns animais ameaçados de extinção pela caça




Caça, pesca e outros abusos são uma ameaça séria para pássaros (37% de todas as espécies), mamíferos (34%), plantas (8% das espécies avaliadas), répteis e peixes marinhos.




Onça-pintada


Esse animal é contrabandeado pela procura de sua pelagem para fabricações casacos e tapetes. Ainda, além do contrabando, outros fortes elementos colaboram para o extermínio dessa espécie, tais como a caça ilegal, destruição do habitat  e a poluição do meio ambiente.
A Onça parda é um animal caracteristico de nossa região, Serra da Mantiqueira, e se encontra ameaçada de extinção como a onça Pintada, que não ocorre na Mantiqueira.



















Tatu peba: Esse animal também esta na tabela dos considerados extintos, em decorrência a caça. Esse animal é muito procurado pelos caçadores, devido a sua carne, onde é comercializada ilegalmente.







Lobo-Guará: Muitos fazendeiros caçam os lobos-guarás pensando que podem causar grandes prejuízos em seus rebanhos, assim, a caça causa a extinção dessa espécie.




Cachorro do Mato Vinagre: Esse animal já é considerado em extinção por causa das queimadas, do desflorestamento e da ocupação do homem em seu habitat.





 Cervo do Pantanal: Esse animal esta desaparecendo devido a caça ilegal. Os cervos são os principais alvos dos caçadores, que vão em busca de sua galhada. Na Serra da Mantiqueira não ocorre o Cervo do Pantanal, mas seu parente próximo que também é muito caçado e também se encontra ameaçado de extinção é o Veado Catingueiro.






Jacaré-de-papo-amarelo


Há 20 anos este réptil estava em risco de extinção por causa de seu couro, usado para fabricar calçados e bolsas. Graças ao manejo da população e à regulamentação da caça, o jacaré-de-papo-amarelo hoje pode ser visto em praticamente todo o país.




Peixe-boi


No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967 e sua caça e comercialização de produtos pode levar o infrator a até dois anos de prisão. São animais de hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento.

Tantos outros animais são caçados ou assassinados em nossa região causando um desequilibrio na fauna  bastante significativo, hoje podemos observar um grande aumento na população de ratos e camondongos como resultado da matança de todos os tipos de cobras. Podemos observar também um grande aumento na população de jacús (apesar de sua caça predatória) devido ao desaparecimento de Tucanos e outros predadores.








Algumas referências: 


A referência sobre o primeiro clube de caça pode ser encontrada na enciclopédia Larousse Cultural no verbete “caça”. 


http://navegolandia.com/onca-pintada-e-outros-animais-em-extincao/


http://www.greennation.com.br/pt/dica/200/Equipe-GreenNation/Animais-em-extin-o-no-Brasil


http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-extincao-das-especies/extincao-das-especies-2.php




http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1467317 Curiosidade sobre as tribos indígenas brasileiras.


Sites acessados em janeiro de 2013.